A linha Brut investiga as relações entre forma e função embasadas pela rigidez da arquitetura brutalista, sob um viés pós moderno – a folha de ouro traz uma nova camada de signi cados e subverte a ideia tradicional de leveza no design de móveis, optando por uma presença monumental e escultórica. A sobreposição de signi cados se dá diretamente pela relação entre a brutalidade do concreto a preciosidade do ouro. O uso de formas geométricas simples, como blocos retangulares e cilíndricos, cria um diálogo entre o peso visual da peça e a leveza proporcionada pelas vãos abertos, estruturas que se assemelham a blocos maciços e moldes de construção.
A composição visual monumental remete diretamente às construçõesbrutalistas, onde o concreto e a geometria pura dominam. Aqui, o designer reproduz esse ethos, utilizando volumes ousados e contrastes sutis entre cheios e vazios, criando uma tensão controlada entre massa e espaço negativo. A peça provoca um senso de permanência e peso, ao mesmo tempo em que abraça a noção de funcionalidade reduzida ao essencial. Cada detalhe – desde as formas cilíndricas que sustentam a estrutura até as cavidades internas, reminiscências de formas arquitetônicas vazadas – sugere uma exploração íntima de escala, materialidade e espaço.
